A decisão publicada na noite de ontem (31) que concedeu a tutela de urgência que rescindiu o contrato de Eduardo Sasha com o Santos irritou o clube paulista. A principal reclamação é sobre os "dois pesos, duas medidas" entre os casos do atacante e do goleiro Everson, que teve a tutela negada pela justiça.

A alegação dos dois atletas no processo movido contra o Peixe era praticamente idêntica: baseava-se no corte salarial de 70% durante os três meses de paralisação do futebol sem que houvesse um acordo assinado pelos jogadores aceitando tal porcentagem.
A principal reclamação santista repousa em um fato levantado por torcedores do clube nas redes sociais. O juiz que julgou o processo de Eduardo Sasha, Carlos Ney Pereira Gurgel, é atleticano, inclusive tem fotos com a camisa do Galo em sua rede social - que foi desativada na noite de ontem.
A decisão do juiz liberou Sasha para assinar com outro clube sem nenhuma compensação ao Santos. Atlético-MG, Vasco e outros cinco clubes de fora do Brasil têm interesse no atacante.
O Galo é o clube mais próximo de acertar com o ex-santista a pedido do técnico Jorge Sampaoli. O argentino trabalhou com Sasha no ano passado no Peixe e é fã do futebol do jogador, a quem chegou a classificar como "incrível" durante a temporada de 2019.
No entanto, essa admiração de Sampaoli por Sasha não veio desde o primeiro momento. O atacante foi encostado e liberado para procurar outro clube pelo argentino. Sasha, entretanto, escolheu ficar e provar para o técnico que ele estava errado. Funcionou.
Ele ganhou a titularidade da equipe e somou 50 jogos no ano, com 14 gols marcados e três assistências.
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